MAGNÓLIA
Visceja Magnólia!
Ao andar pelo jardim
te vejo em paz como um céu
e teu encanto tal como um semblante de rosa.
Eis o grande empecilho do mundo:
Querer vergar o teu caule e ao mesmo tempo em que exalas teu perfume.
Mas que distraído eu sou
Ao invés de te acolher
achava lindo os pingos da chuva em ti
Esplendorosa Magnólia,
Eu vejo que a noite passou e ainda mais bela ficaste depois dessa dura aflição
Desespero
Fase em que se aprova na aflição e em segredo,
Só se acovarda quem tem medo.
Este não é o teu caso,
Escrevestes teu enredo!
Sim!
Provaste tua força.
Quem foi o peso da chuva pra arquear os teus ombros?
Não te coages pelo medo
És forte e vigorosa!
E mesmo assim todo carisma e amor achou habitação em ti
para sempre...
Mesmo se perdes uma pétala,
destilas em favos bordões
do que a vida espera de ti,
e assim se embeleza o jardim e iluminas a vida daqueles que caçam sombra ao pergolado
com teu encanto e fulgor
Ó extasiante Magnólia!
És a rainha desse jardim!
Não te esqueces deste estado!
O sonho te coroa.
Em cada gentil estação
e leves toques com a mão,
cada detalhe invoca quem és.
Ah, bela flor que me invade
cada canto do coração
fizeste de estrada e altar o revés!
És belíssima Magnólia!
Teu sorrir enfeita a tela
não conheço outra mais bela
nesse jardim glorioso.
O teu sorriso é formoso
nunca perdertes a beleza
nem teu brilho mui formoso
qual moçoila em passarela.
E eu me vejo em meio as flores
tua presença me encanta
e desperta em mim, amores.
És a flor, eu colibri.
E vivo cercado em cores
desta profusão de amores...
És amada, Magnólia!
A Rainha em meio as flores!