APENAS MAIS UMA DE AMOR
A indefinição me atrai. Tudo que não sei me excita.
Não saber é instigante. O que não se pode definir é um convite à imaginação.
Definir é limitar. Duvidar é infinito.
O que sei é insosso. A interrogação é tempero.
Exclamações encerram. Perguntas iniciam.
O que temos ? Você e eu. Não consigo definir.
Você é mistério. Acaso. Paradoxo. Doçura risonha.
Assim, imagino... Penso passear, dedilhando essas curvas perfeitas de beleza escultural; desenhar, com a língua, todas as trilhas desconhecidas.
Enroscar, acima, abaixo, pelos lados e todas as direções possíveis ou impossíveis.
O que me diz? Pegue minha mão.
Vamos viver nossa indefinição.