Certas horas
“Toda imprevisibilidade é passível de acertos.
Na mesma proporção e invariabilidade
De nossos erros”
Se o amor se passa certas horas
É porque nem sempre esta presente
O amor se extingue ao menor vento.
Mas este mesmo amor
Dobrado feito origami
Largado em uma calçada qualquer
Pode ser relembrado e sentido
E acariciado quando menos se esperar.
O amor certas horas toma-se por esquecido
Mas nunca deixa de ser sentido
O amor se faz anoitecido
Mas nunca estará concluído.
Este amor que não se apaga
Nasce ao nosso aparecimento
O amor nasce em vida
No nosso primeiro segundo.
Ele aprende a chorar por comida
Exige carinho e cuidado
E sossega no seio
Da primeira mulher amada.
Esquece-se
Aprende a falar
E tomado de palavras
Recorre a convocar-se com mais freqüência.
Rompe-se do seio amado
E transfere-se ao seio amigo
Brinca de criança inocente
Mas se instala ao mais querido.
O amor aprende amar
E com isso descobre o corpo
Não mais o próprio mas do próximo.
Não se contendo nesta busca inalcançável
Pergunta-se a todo instante
Se por ventura soube amar.
Certas horas, cala-se
Dói que arde dentro de si
Como flecha envenenada.
Chora a solitária desolação
Da falta do amor que se dá.
O amor comedido não se mede.
E quando se pensa
Que amor é ausente
Ele volta tão presente
Que nem amor parece.
O amor se vive por toda uma vida
Não se mede pois não tem escala
Não se extingue pois não se mata.
O amor sempre presente
Guarda a existência
Para ser desdobrado
Tal pedacinho esquecido
Na calçada qualquer.
“Toda imprevisibilidade é passível de acertos.
Na mesma proporção e invariabilidade
De nossos erros”
Se o amor se passa certas horas
É porque nem sempre esta presente
O amor se extingue ao menor vento.
Mas este mesmo amor
Dobrado feito origami
Largado em uma calçada qualquer
Pode ser relembrado e sentido
E acariciado quando menos se esperar.
O amor certas horas toma-se por esquecido
Mas nunca deixa de ser sentido
O amor se faz anoitecido
Mas nunca estará concluído.
Este amor que não se apaga
Nasce ao nosso aparecimento
O amor nasce em vida
No nosso primeiro segundo.
Ele aprende a chorar por comida
Exige carinho e cuidado
E sossega no seio
Da primeira mulher amada.
Esquece-se
Aprende a falar
E tomado de palavras
Recorre a convocar-se com mais freqüência.
Rompe-se do seio amado
E transfere-se ao seio amigo
Brinca de criança inocente
Mas se instala ao mais querido.
O amor aprende amar
E com isso descobre o corpo
Não mais o próprio mas do próximo.
Não se contendo nesta busca inalcançável
Pergunta-se a todo instante
Se por ventura soube amar.
Certas horas, cala-se
Dói que arde dentro de si
Como flecha envenenada.
Chora a solitária desolação
Da falta do amor que se dá.
O amor comedido não se mede.
E quando se pensa
Que amor é ausente
Ele volta tão presente
Que nem amor parece.
O amor se vive por toda uma vida
Não se mede pois não tem escala
Não se extingue pois não se mata.
O amor sempre presente
Guarda a existência
Para ser desdobrado
Tal pedacinho esquecido
Na calçada qualquer.