floresta

em campos verdes, eu andei

com os meus pés descalços.

coelhos e flores rodeiam meus dedos

no sol saturado da tarde.

ventos em minha cabeça

cervo branco na frente da floresta

olhar de íris a correr para dentro

é caminho na escuridão da mata

não mais nada atrás de mim

uma flor colorida no meio do breu

toque da mãe das árvores,

um suspiro do mais velho da floresta.

vou a me guiar com flores iluminadas

em minha mão esquerda.

vou me entrando entre os galhos

em minha mão direita.

o grito da menina que perdeu o ovo

de ouro leva-me ao lago.

sento e vejo um espelho em minha frente

o cisne passa, some e um pássaro surge a voar.

devo estar há 180 km de casa,

um caçador encontra-me sentada no lago,

segura a minha mão e leva-me embora

deitamo-nos na árvore frutífera do inverno.

enamorei o céus ao teu lado,

quando um clarão branco do alto

distrai-me minha vistas e dos coelhos

e eu parecia encantada com tua paixão.

o lobo preto surge e assombra-nos.

tu mandaste-me correr para dentro,

eu perdi-te ao ir tão longe,

nem o cervo branco havia de estar.

escondida entre raízes,

um moço que passava me chamou

e disse saber onde estava a saída

e o caçador a quem me apaixonei.

a casa da árvore caí sob meu corpo,

desesperada de medo

e o mentiroso some.

sementes caindo pelo chão da floresta.

todos os animais me cercam

fadas me carregam até próximo deles.

o cervo branco reaparece e volto

o sol saturado da tarde.

Mariana dos Expedicionários
Enviado por Mariana dos Expedicionários em 03/06/2022
Código do texto: T7529925
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