Semente para o último jardim
Uma leve censura ao amor que sinto,
e padeço o mais mórbido silêncio.
Mas tão contrário seria ao meu instinto
que sempre o canto, falo, escrevo ou penso.
Não farei nada contrário a essa força
que não contrarie o meu próprio ser,
porque, se a chama do amor não o fosse,
faltar-me-ia razão para viver.
Com os versos que me animam agora,
rego a semente que germina em mim.
Assim o amor florescerá nas rosas
sobre meu calmo e frio último jardim.