DESERTO

Ele era o dia e ela a noite de indecifráveis sentimentos

Seus corações eram recantos desérticos

Cada um em seu mundo de inevitáveis sofrimentos

Felicidade e paz eram pressentimentos aporéticos

Mas um manancial a muito tempo submerso

Eclodiu no âmago de suas vidas

Como um oásis de esplendor diverso

Curador das tristezas e das feridas

Um rio de águas límpidas, doces e afáveis os transbordou,

Descortinou-lhes um horizonte de júbilo e de louvor,

Lágrimas de alegria floresceram o deserto que se vislumbrou

E o rio abundante que sempre esteve por perto era o Amor.

Era o amor!