Não me decifra.
Não me decifra
Tenho medo de enlouquecer sob o teu pensar
Frágil galho da arvore frondosa da vida
Luto para além de mim me altear.
Na diária luta, disputa, insana tribuna
De olhares furtivos fujo.
Me recolho em mim, abrigo provisório
De todas as certezas das quais me esquivo
Com medo de ser consumida de novo,
Pelos julgamentos vazios de sentido
Que me consomem, triste sina.
Fome de liberdade tenho
De esquecer os pálidos desejos
Que ainda me habitam nas esquinas das casas velhas
Inabitadas e vazias...
Não me decifra,
Temo tudo que possa invadir minha frágil couraça
De tecidos usados e jogados construída.