REGRESSO
Autor: abo
No augúrio que fatalmente
Apossou-se de mim...
Senti que tudo se consumia ao meu redor,
Como a retórica da “tragédia grega”
Sentindo o pulso disparar...
Um quê fatídico... Só onírico, a ilógica, o sonho...
Era o que poderia compreender o que demais se passava em mim,
O metodismo, a irreverência...
O ego autoritário se foi,
Restou a fragilidade, o transitório,
A vulnerabilidade.
Peço-te! Volta, faz meu sol brilhar...
Faz da minha boca soar sorrisos puros,
Meus ouvidos atentarem para o gorjeio das coisas castas...
Sentir meus vasos se encherem de vida,
E me deliciar com o som
Das tuas palavras,
Encontrar-me no estrilo
Ignoto do teu beijo,
Formando o contraste doce da emoção,
Entre a alegria de te reencontrar
E a amargura de ti não me pertencer.