Eu estava na janela da frente,
A vida saiu pelos fundos,
Quando corri já era tarde,
A vida dobrava a esquina,
Paços largos e decididos.
Ai, dei a caminhar sistematicamente,
Da frente para fundo,
Do fundo para a frente,
Num corredor de incertezas,
Frenético, em tropeços angustiantes.
A vida voltaria, tinha toda certeza.
Semeei rosas na frente,
Semeei rosas no fundo,
E rosas na minha mente.
A vida por fim voltou,
Num dia chuvoso de abril,
Apareceu de repente...,
De minhas rosas à deriva.