Devaneios
Me desfaço em sonhos e devaneios
Não seguro um olhar demorado
Daquele que te rasga de anseio.
Me seguro e me solto,
Me aquieto e revolto,
No mar do teu olhar perdido.
Sou poeta das mágoas passadas,
De todas as suas chegadas,
Eu já sei de cor, salteadas.
De cor de rosa queimada,
Pelo sol abrasador do querer.
Como é que chegamos aqui?
Me pego pensando e pergunto,
Se é que era esse o assunto,
Da nossa conversa senil.
Mas, senil, são meus versos alheios,
Que me tolhem e me afogam de anseios,
Fadada a continuar sonhando,
Perdida em meus devaneios...