A fuga triste do amor

Não sei o porquê das lágrimas ainda caladas

Eu só sei que não se acham mais apaixonadas

As verdades escritas moram fora do coração

Isoladas pelos sentidos enregelados do amor.

O vário vento esgota os desejos nas fantasias

Arquiteta no coração os rebanhos ilusionistas

Talvez, um dia desistas de viver tanta isolada

Deite com olhos nus sem criar medo na alma.

A moça nem se prende ao princípio da manha

A noite se cala como se fosse uma prosa santa

Encosta a cabeça no sono, se presta aos sonhos

Na moita, coloca sumo nas alegorias do coração.

Há no espetáculo carente as sobras pelo coração

No picadeiro, aventura-se a rolar no chão pelada

A saudade não faz jus, a ser madrinha da tristeza

No balde, a água fria doce neva fúcsias no olhar.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 25/05/2022
Reeditado em 25/05/2022
Código do texto: T7523425
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