A fuga triste do amor
Não sei o porquê das lágrimas ainda caladas
Eu só sei que não se acham mais apaixonadas
As verdades escritas moram fora do coração
Isoladas pelos sentidos enregelados do amor.
O vário vento esgota os desejos nas fantasias
Arquiteta no coração os rebanhos ilusionistas
Talvez, um dia desistas de viver tanta isolada
Deite com olhos nus sem criar medo na alma.
A moça nem se prende ao princípio da manha
A noite se cala como se fosse uma prosa santa
Encosta a cabeça no sono, se presta aos sonhos
Na moita, coloca sumo nas alegorias do coração.
Há no espetáculo carente as sobras pelo coração
No picadeiro, aventura-se a rolar no chão pelada
A saudade não faz jus, a ser madrinha da tristeza
No balde, a água fria doce neva fúcsias no olhar.