NADA SERÁ REVELIA

Quantas coisas já pensei em frente ao mar,

E os desígnios questionados em noite de luar,

Com a sensação de que o caminho levava a nenhum lugar,

Dentro de minhas fantasias, aonde conjugaria o verbo amar?

Suas ondas não paravam frente ao pensar,

E o brilho da lua jamais deixou de brilhar,

Enquanto esse caminho eu não conseguia encontrar,

E o corpo permanecia imóvel, por não saber como tentar.

Parece que o destino queria me explicar,

Que além do mar havia minha poesia,

Que em algum lugar a lua com sua luz também já te cobria,

E o amor desconhecido já existia.

E quanto tu chegaste, conheci uma nova forma de amor,

E quando tu chegaste, pouco a pouco me despedi de minha dor,

E quando tu chegaste, eu entendi a música do mar,

E quando tu chegaste, eu ouvi a voz que havia no silêncio do luar.

E o coração bate suave uma melodia que eu desconhecia,

No fundo, os pensamentos já sabiam que o amor não era fantasia,

E que sob a habitação do amor o corpo oscila entre anestesia e frenesia,

Se me contassem sobre esse dia, talvez não acreditaria...

Se me contassem que nos dias frios seriam seus abraços que me aqueceria,

Que em todos os meus sonhos, você acreditaria,

E nas nuances desse amor eu não hesitaria,

Que a forma que eu pensava beira mar, sob a lua, então eu viveria.

No fim, parece que não encontramos o amor, ele nos encontra,

Ele nos conhece e vê nossa alma,

Acaricia os sentimentos, se faz presente em cada momento,

E cada detalhe vira euforia, porque juntos nada será revelia.