ALMA E CORPO SE CONVERGEM

Não invento que amar,

É aquele flamejar que não se ver,

Mas vieste sem perceber,

Que deixaste aqui, um pouco de si.

Era para ter coragem,

E anunciar-me a ti!

Contudo o meu engano,

Foi tudo o que eu não quis pra mim.

Necessitando de teus devaneios,

É a busca que tanto quero ter,

Lá no meu desencanto,

Vou vivendo por viver.

Como um fantasma sem face,

Tens as vezes que evitar,

Olhar-me nesta margem,

Onde ando sem segurar-te.

Sentido anti-horário!

O que mais está tudo errado?

Convencer-me do contrário,

Que o oposto não é nada,

Do que um simples minuto,

Um termo para está ao seu lado.

Falas como alguém,

Que não pode-se confessar.

Mas eu poderei entender,

As vontades não são tão libertas,

Quanto banhar-se num mar.

Alma e corpo se convergem,

Nas trilhas de uma longa história.

Enquanto eu desperto-me enlouquecido,

Sob o abismo que é-me oferecido,

Vou-me querendo apenas ter nascido,

Para não esquecer-me de estar contigo,

Em qualquer dia, em que haja o empíreo.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 21/05/2022
Código do texto: T7520866
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