ALMA E CORPO SE CONVERGEM
Não invento que amar,
É aquele flamejar que não se ver,
Mas vieste sem perceber,
Que deixaste aqui, um pouco de si.
Era para ter coragem,
E anunciar-me a ti!
Contudo o meu engano,
Foi tudo o que eu não quis pra mim.
Necessitando de teus devaneios,
É a busca que tanto quero ter,
Lá no meu desencanto,
Vou vivendo por viver.
Como um fantasma sem face,
Tens as vezes que evitar,
Olhar-me nesta margem,
Onde ando sem segurar-te.
Sentido anti-horário!
O que mais está tudo errado?
Convencer-me do contrário,
Que o oposto não é nada,
Do que um simples minuto,
Um termo para está ao seu lado.
Falas como alguém,
Que não pode-se confessar.
Mas eu poderei entender,
As vontades não são tão libertas,
Quanto banhar-se num mar.
Alma e corpo se convergem,
Nas trilhas de uma longa história.
Enquanto eu desperto-me enlouquecido,
Sob o abismo que é-me oferecido,
Vou-me querendo apenas ter nascido,
Para não esquecer-me de estar contigo,
Em qualquer dia, em que haja o empíreo.