Só sei que senti amor
Sou fervoroso na paciência,
Mas mesmo eu peço clemência,
Quando se trata de ter comigo,
Eu não sou meu próprio amigo.
Mas aí, como uma flecha,
Na minha íntima brecha,
Deus me fez sentir,
O que prometi não insistir.
Veio singelamente,
Um amor tagarela,
E de todos os seus truques,
Caí em todos.
Alguém que não foi correnteza,
Ela foi os corais que me feriram,
Me fizeram frear com toda certeza,
Que dessas águas não beberiam.
Foi o estresse do dia a dia,
Meu pingo de alegria,
Que no frio, sentia calor,
Que no calor, vinha a geada.
Quando pensei que não me entregaria,
Por ela me sacrificaria,
Morreria todo dia para renascer melhor,
Me sentir o maior.
Por mais que ausentes palavras,
Que não escrevia fazia tempos,
Nada foi em vão, foi condensando,
O amor aumentou e continuei apaixonando.
Por quem não me prometeu nada,
Me entregou o tudo,
Contudo,
Eu também quero me entregar.
Se a lua caísse,
Eu seguraria só para ela,
E se pesasse,
Seu beijo me daria foças,
Para mandar de volta em órbita.
Ficaria surdo do mundo,
Para só sua voz ouvir,
E mesmo que não a ouvisse mais,
Não leria outros lábios jamais.
Me afogaria,
Olha que eu iria,
Em água, sangue ou óleo,
Só preciso do amor simplório.
Do eco da minha alma,
Balançaram minhas estruturas,
Do amar com raiva, amar com calma,
Me fez pintura.
Me aceitou como inimigo,
Colocou-me como amigo,
As vezes na minha trilha pecaminosa,
Você foi minha memória mais calorosa.
De inimiga,
Para amiga,
Minha melhor amiga,
Esposa linda.
Não sei o que senti,
Talvez sei, e como sei,
Do só sei que nada sei,
Só sei que senti amor,
E como eu te amo muito.