Paulo.(Ainda que eu falasse a língua dos homens...)

Paulo.

Quando eu era menino pensava como um menino

hoje como adulto, eu penso como um homem.

Antes como menino escondia meus sentimentos

hoje como homem falo do meu amor sem constrangimento.

Posso ser eu mesmo, já não preciso fingir o que sinto

digo o que penso segundo as minhas idéias, não como a maioria.

Agora sou eu que decido o que preciso para ser feliz, não os outros.

Pensar como a maioria das pessoas pode ser bom, você fica igual a elas,

você é aceito, não é diferente, você diz: todos pensariam assim, então

toma por verdade mesmo o que é mentira, não acredita na verdadeira amizade.

Pensar diferente gera consequências, aí você precisa dar satisfação, ser aceito

por uma sociedade falida, onde a amizade e trocada por favores. Falsas moedas.

Ninguém leva as moedas, elas não são eternas, são pereciveis como o tempo

o mesmo tempo que se não for vivido em sua plenitude, sem preconceitos

passa como um cometa que só deixa rastros, nada que se guarde a vida inteira.

Não é como uma estrela, que passa pela sua vida, e mesmo que vá embora

deixa gravado na memória momentos felizes, que ficam no céu da tua história.

Como diria o professor Hemôgenes: que Deus nos livre de ser normal.

Então eu sigo a minha vida pensando diferente da maioria

e achando que ser normal é ser eu mesmo, mas lutando pelas minhas idéias

e lutando para que se respeite as suas, pois mesmo que não concorde

tenho o dever de defender o seu direito de pensar e se manifestar.

No fundo só resta o amor, a amizade, a confiança, a cumplicidade,

de um amor ou de uma amizade, ou algo que baste, como um remédio

que faça a gente feliz e não tenha efeito colateral, “o preconceito”.

Deixar de viver a vida, por pensamentos que não são seus é como

se guiar pelas mãos de um cego que não quer ver, tem medo

de abrir os olhos, e ver no mundo como são pequenos os pensamentos

daqueles que vêem o que querem e vivem somente por viver.

Ricardo di Paula, 03/10/07.

am 06:30.