Revolvendo saudades
O vento brando da tarde
acaricia o meu rosto...
Vasculho com o olhar,
as lonjuras que nos separam.
Acaso, nesse instante,
serei a dona do seu pensar,
assim como és do meu?
Custo a acreditar,
mas, as vezes, penso que sim…
Quando te vi pela primeira vez,
Senti o sabor vitorioso da chegada.
Confusa, só conseguia ouvir
as batidas fortes do meu coração,
quem sabe, alertando para o perigo.
Aturdida,fechei os olhos
por um momento,
para buscar o equilíbrio da mente.
Fechar a porta, criar barreiras?
Para quê?
Nada sabia de ti,
embora já descompassasses o meu ser.
Assim, sem me preocupar com as buscas,
Tranquila, mantendo uma distância que nos aproxima sempre.