FULGENTES ESTRELAS

Não vejo, não te ouço!

Como se nunca estivesses ali.

Quando percebi que nada era assim,

Do jeito que deveria ser, eu,

Sabia que teu cheiro impregnava-se em mim.

E mais uma vez,

Durante tempo demais,

Era a sua voz nos becos,

E na música que não tocava mais,

Sem ao menos ter a certeza,

De que era a sua volta ao cais.

Aquele dia fora inevitável,

Encontrar-me contigo!

Expressar minha solidão,

Naquele seu rosto, que antes,

O meu ser rebelde, com suas mãos arrancou.

Como a força da natureza,

E todas as magias existentes,

Num livro antigo, a qual nunca se deixou,

Ter sido aberto, ou a estar a amostra,

Dos curiosos que ansiavam,

Tê-lo por tanto amor.

Mas, eis que somente este,

Filósofo de quem sentes,

Aquela única ligação,

Vinda de uma alma contente,

E em peregrinação!

Que surgistes novamente,

A Fim de buscar para levar,

Até o teu mundo coerente,

De vistas intermináveis para o mar.

Então, teus cabelos, poesia minha! Nada prende-te,

Das claras compreensões a qual tivesses,

Víssemos sermos uma das estrelas cadentes,

Fulgentes a rasgar os céus.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 14/05/2022
Código do texto: T7516180
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