FULGENTES ESTRELAS
Não vejo, não te ouço!
Como se nunca estivesses ali.
Quando percebi que nada era assim,
Do jeito que deveria ser, eu,
Sabia que teu cheiro impregnava-se em mim.
E mais uma vez,
Durante tempo demais,
Era a sua voz nos becos,
E na música que não tocava mais,
Sem ao menos ter a certeza,
De que era a sua volta ao cais.
Aquele dia fora inevitável,
Encontrar-me contigo!
Expressar minha solidão,
Naquele seu rosto, que antes,
O meu ser rebelde, com suas mãos arrancou.
Como a força da natureza,
E todas as magias existentes,
Num livro antigo, a qual nunca se deixou,
Ter sido aberto, ou a estar a amostra,
Dos curiosos que ansiavam,
Tê-lo por tanto amor.
Mas, eis que somente este,
Filósofo de quem sentes,
Aquela única ligação,
Vinda de uma alma contente,
E em peregrinação!
Que surgistes novamente,
A Fim de buscar para levar,
Até o teu mundo coerente,
De vistas intermináveis para o mar.
Então, teus cabelos, poesia minha! Nada prende-te,
Das claras compreensões a qual tivesses,
Víssemos sermos uma das estrelas cadentes,
Fulgentes a rasgar os céus.