Perdoe-me a ousadia..

Perdoe-me a ousadia.

Nem bem ao vento

Posto frio sua hora

Caçado, manso bicho, agora,

Solto e livre, viu-se só...

O que fazer, com essa falsa liberdade?

Que prende como a paixão

Que insana e louca, bate à porta da alma..

Perfeitos ditos de coisas que, não ouso duvidar.

Delegados sonhos que, minha história não permite contar.

Deixasse eu, pedido de vida, amor e sonhos

Prisioneira neste fausto errôneo...

Gritar por não poder mentir...

Esquecer por não poder amar...

E sempre volta a primícia de antes.

Acalmar pois posto frio é sua hora.

Alma cativa de sonhos e desejos...

Caçado, manso bicho, agora,

Solto e livre, viu-se só.

E mesmo livre sofre,

Sonha e quer...

Nem mesmo sabe o quê...

Malibe, abril 2006