Prelúdio de uma nova estação

Sobre a relva do campo,

O orvalho repousa

Límpido e sereno,

Hidratando o capulho.

Saudosa primavera

Onde o vento moço

Propagava vida futura,

Abria novo tempo.

Queria eu entrar em tua selva,

Arrancar-te as daninhas,

Expandir teu horizonte,

Mostrar-te a vida bela.

Como planta pioneira,

Ei de conduzir em nova terra

Acamada em palha velha,

Um plantio imortal.

Deixar-lhe-ei convencida,

Atônita em meio aos versos

Sem margens repressoras.

Das lágrimas córregos se formarão;

E, de forma repentina,

Numa noite qualquer,

Sentirás meu coração,

Como em teus sonhos belos e profundos.

DMacedo
Enviado por DMacedo em 10/05/2022
Reeditado em 02/06/2024
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