Prelúdio de uma nova estação
Sobre a relva do campo,
O orvalho repousa
Límpido e sereno,
Hidratando o capulho.
Saudosa primavera
Onde o vento moço
Propagava vida futura,
Abria novo tempo.
Queria eu entrar em tua selva,
Arrancar-te as daninhas,
Expandir teu horizonte,
Mostrar-te a vida bela.
Como planta pioneira,
Ei de conduzir em nova terra
Acamada em palha velha,
Um plantio imortal.
Deixar-lhe-ei convencida,
Atônita em meio aos versos
Sem margens repressoras.
Das lágrimas córregos se formarão;
E, de forma repentina,
Numa noite qualquer,
Sentirás meu coração,
Como em teus sonhos belos e profundos.