CORTINAS TRANSPARENTES
O templo da ilusão tem as cortinas transparentes
São como os cristais reluzentes
Que quando adormecemos contemplamos,
E depois desaparecem quando acordamos.
É o encontro das imagens reais
Que navegam por mundos virtuais;
Que são projetadas pela imaginação
No palco da recordação.
Luzes que se apagam e se acendem
Que as lembranças transcendem
Nos passos mágicos do malabarismo do viver
E que não dá mais para esquecer.
É como uma bela melodia que nos encanta;
E nos embala na solitária lágrima que acalanta
Quando a saudade bate à porta
Pois o que passou não tem mais volta,
Restou apenas o pranto na sombra de um olhar
Que nunca deixou de amar;
Que ficou à contemplar a beleza de um amor
Puro como às pétalas de uma flor.
Essa é essência natural de quem ama,
Adormecido nos brancos lençóis da vazia cama
Da tristeza de um frágil coração
Que sofre com o frio da solidão.