Prisão
Prisão, falta de ar, inquietude
Sinto que estou me perdendo em seus braços
Com suas mãos entrelaçadas nas minhas
Ao caminhar pelas ruas da cidade
Como uma rosa cheia de espinhos
A perfurar pouco a pouco minha pele
O sangue a escorrer dramaticamente
As feridas reabertas ardendo em desconforto
E eu não seu lidar
Prisão, falta de ar, inquietude
Estou vulnerável e presa a ti
E definitivamente estou perdida
Você me assusta e minha intuição me manda correr
Já não consigo olhar nos seus olhos mais
Eles me engolem como dois buracos negros
Me consumindo por inteira
E não deixando nada pra mim
Suas palavras intensas atordoam minha cabeça
Suas demonstrações exageradas me tiram o ar
E numa tentativa frustrada inspiro o vazio
Que é estar ao seu lado