Refrigério angelical
Quem és, a mim, não interessa
Já que dentro do que vale, é o que importa
Tantos anos distantes, nenhuma pressa
Transbordo do futuro que me comporta
Me fazes sentir o que não é atual
É sabido, apesar de não ser conveniente
Dedicar-se a alguém no estar virtual
Não contradiz a essência, nem é diferente
A surpresa, de fluida, me percorre
Abastecendo os rincões há tempos, esquecidos
Ilumina do brilho que decorre
Reacende os desejos, até proibidos
Viajo nas ondas dos teus cabelos
Me perco na maciez do teu falar
Te trago em sonhos, me alimenta tê-los
O que a realidade, um dia, nos dará