PERDOE-ME SE MAGOEI




Taça agonizante,
Perfil desnorteado,
Não é você?
Lembras?

Vens comigo!

Perdoe-me nesta triste hora,
Vejas que o tempo parou,
Somente para nos beijar,
Afagando todo o silêncio,

Solte o seu sorriso,
Deixe o tempo navegar,
Nas mãos que sopram os destinos,
Ultrapassando o nosso presente.

Vens comigo!

Ainda é cedo,
O futuro são estes momentos,
Que permanecem no presente.

Perdoe-me se magoei,
Nunca tive a intenção de ferir,
O teu mais sensível prazer,
Por isso, estou aqui.

Eu sou o teu rei,
O teu imperador no amor,
Sou eu que atravesso o infinito,
Levando o meu pensamento,
Dentro do teu único universo.

Vens comigo!

Eu sou teu único medalhão,
Que levas dentro da emoção,
Eu quero sempre estar,
Mesmo que o passado não volte,
Mas, as minhas palavras,
Haverão de ficar,
Pelos verbos lançados,
Pelo cupido atravessado,
Dentre dias e noites.

Eu sou o teu imperador,
Sou o responsável,
Por todo o teu destino,
Eu te escolhi,
E me levastes,
Na bagagem dos sonhos.

Vens comigo!
Sou o teu escolhido,
Para ouvir os teus gestos,
Por trás daquela taça,
No reflexo,
Sinto o teu prazer.

Guarde os lenços das tristezas,
E me deixe mergulhar,
Na tua beira-mar,
Até me afogar.

Vens comigo!

Baila na rede,
Joga o teu corpo no meu,
E diz que me ama, assim:
Aventurada em meus braços,
Aconchegante no desejo,
Sinto tuas batidas e apertos,
Entre os pelos do meu corpo,
O jogo do amor fluirá,
No encanto do amor.

Vens comigo!

Sinta a temperatura do tempo,
Ainda sou o mesmo,
Constituído do teu prazer,
Que clama no meu ego,
Satisfaz quando te vejo,
E penetro nas águas com deleite,
Saciando as chamas da igualdade,
Puramente na cortesia dos sentimentos.


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 23/11/2005
Reeditado em 25/09/2011
Código do texto: T75080
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