Defesa
Amor tem sistema imunológico
treinado para deter o tempo.
Relógio biológico do amante
desnorteia o sentido
Ora para, ora passarinha
Os ponteiros giram na beira do infinito
E lá o tempo é só um detalhe.
Quem morre de amor
Não foge da autópsia
Anda por aí de peito aberto
Propaga batuque na alegoria
Das tripas coração.
Amor
Há quem o exponha em manequim perfeito
Impecável e sem descostura
Estou do outro lado da vitrine
Veste puída me abraça com ternura.