Limites
lisieux
Lavo-me nascente fria e cristalina,
livro-me veludos, minhas vestimentas.
Levo-me passos, penhascos, precipícios;
limpo-me lama, vielas, esquinas...
Listo-me, escrevo, cadernos da vida.
Liquido-me, tiro certeiro no peito.
Leio-me história de enredo imperfeito,
louvo-me cântico, angélico coro...
Limito-me, castro-me
deito-me
morro...
SBC – 26.08.04