RESPLANDECENTE
No infinito brilha uma estrela
Que certa vez cintilou na minha vida
Resplandecente como uma centelha
De uma bela paixão vivida.
Ando a esmo pelas desertas ruas
Procurando lhe encontrar
Por entre os encantadores reflexos das luas
Que me ensinaram a lhe amar.
A brisa fria da noite desalinha meus cabelos
E me perco no tempo que passou,
Vejo que é inútil meus apelos
Nada para ser lembrado você deixou.
Relembro os acordes daquela maviosa canção
Que vinha no vento flutuando
E fazia morada no meu coração,
Que o seu amor ficava cultuando.
Mas tudo foi um sonho lindo de viver;
Um belo amor que se tornou proibido,
Que não teve forças para sobreviver
E foi pelo adeus preterido.
O firmamento sempre será o meu lugar;
Sua mística imagem me seduz
Quando encontro o seu olhar
Refletido na magnitude de um facho de luz.