Saberei jamais
Nunca saberei quando pela primeira vez vi teu rosto
Compreensão do que sempre fostes perante meu caminho,
Ou exatidão do que te tornastes aos meus olhos, em vão,
Questiono ao tempo que se pôs em ponte, até que aqui chegássemos
Seja o que for que para tal tenha se alinhado, carregou,
Prontamente calculado, as palavras que em tua voz,
Revestiram céu incerto, a armar chão escorregadio
Ao qual meus pés não mais puderam prestar abandono
Naqueles segundos, mudastes o que eras em minha vida,
Transformastes o reino em que toda certeza habita,
Convertestes por toda estrada, a chuva em fogo
Saberei jamais o que foi criado, ou o que apenas se despertou
O que se lançou de seu coração para que em mim tomastes tal vida
Incessante, partindo de todas as distâncias, para todo pensamento