Coroou as sombras de um castelo a esperar

Amor, amor meu, coroou as sombras de um castelo a esperar

Reluziu em olhar os raios de tarde,

Em silêncio de coração se pôs pelas janelas a passar

Chegas, mas a habitar não permaneces jamais

E nobreza alguma viria a notar seus passos pelos porões

Se pôs a esconder, o que trouxe de chama e sol

Em dia seguinte de chuva, estava a fria porta em partida

Pela qual trocastes toda a vida de teu toque

Não que algum alicerce possa ao chão ser levado, mas estavas tu

Pelas escadas a passos tão doces que tua força me pôs às paredes jurar

Até os tetos em conjuntura desistirem de olhar

Ah, amor meu, habitas em ciclos de ausência este palácio

Que ergui antes que chegastes, empresta cor, rouba manhãs

Derrama amor, converte em saudade, sustenta e destrói