Tua voz não quero ouvir em rios de passado

Tua voz não quero ouvir em rios de passado

Que ao longe pronunciam águas contrárias

Não revela aí som algum de direção nova

Tua voz não quero em adeus nunca dito

Não quero em mim ressoando promessa alguma

Nem tua voz quero, longe, a sustentar o impossível

Silêncio é o que desejo que venha contigo

Mas a falta de tuas palavras é pausa em meu coração

Não quero tua voz aos meus ouvidos já como lembrança

Reaviva meu coração não com som algum

Jogas ao longe qualquer palavra que possas considerar

Venha a me emprestar em corpo inteiro,

De extremo a extremo, o que és e nada mais,

E em presença e toque, toda impossibilidade dissipar