NATURALMENTE

 

Sou filho do vento,

Adotado pelos trovões,

Irmão das chuvas de verão,

Primo-irmão do sol,

Amante  da primavera.

 

Sou sublime,

Não raro, efêmero.

As vezes sou verão, e gosto,

Noutras sou outono e me vejo triste,

Noutras vezes sou inverno,

E me recolho e recorro a ti.

 

Sou absolutamente natural,

Sofro das semelhanças e influências das estações,

Sou como um poema qualquer,

Cheio de metáforas  e sujeito a interpretações mil.

 

Ora, um conto,

Noutra uma fábula.

Só não mudo minha paixão pelo sol.

E só sei que és meu sol,

De resto sou só ignorância.

 

 

 

Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 22/04/2022
Reeditado em 22/04/2022
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