Noite Morna...
Agarra tremula,nos braços
Que te afagaram,onde as rendas
Prazerosas te cobriram em perfumes
Diamantados.
Cai a noite morna,silenciosa
Na maledicência de antigos prazeres
Dorme calma amada nas palmas
Dos anjos que abrigam no divino amor.
Abre a porta dos sentidos
Espelha minha alma atordoada
Na semelhança da alcova solitária.
Fermenta teu seio,no néctar cevado
Chama-me para a chama da candura
Abre tua intimidade e morde a lança
De fogo que penetra tua carne na imensa
Suave dor.
Liberta no grito que ecoa
Nas pedras negras e desertas
O gozo em espasmos de leves levedos
e recolhe as perolas deste resgate de amor.