Aceno do tempo...
Sandra M. Julio
Fiz dos meus lábios porto para ancorar teus beijos,
Quando à deriva vagavam sonhos e versos.
O mar se fez refúgio para solitárias e tardias rimas
Contidas em entrelinhas que choravam degredos...
Entre brancos lenços deparei-me com o aceno do tempo,
Rasgando em brumas, carícias de saudade.
Sem bússolas ou mapas, altivo arrebataste roteiros, ó vento...
Naufrago cais d'um solitário coração vagando posteridade.
Em marulhos singra minh’alma insone...
Invade-me teu sorriso,
Perco o siso.
Ensandecida ainda grito teu nome...
Mas o eco, por pirraça, apenas responde
ADEUS.
Sandra
27/08/06