A sina do escritor masoquista

Este é o último que te escrevo

Eu prometo

Nem mais um poema

Nem mais um soneto

A questão é que eu escrevo quando dói

E sempre dói quando é você

Por isso eu sempre vou atrás

Eu realmente preciso escrever

Conscientemente ou não

Eu acabo me machucando

Mas vou mudar o meu martírio

Se não vão acabar enjoando

Fica os meus agradecimentos

Eu sigo te amando

Mas vou amar de longe, quietinho

Achar outra coisa para ir me torturando

Sinta-se eternizado nessas palavras

Que não sei se ainda serão vistas

O mais sincero abraço

Com amor, do seu escritor masoquista.