Não escrevo versos
Não escrevo versos
Não conjugo verbos
Se já não me lês com o antigo apreço
Se só eu pago o preço
Desse sentir derramado
Desse querer atravessado
De tão luminoso passado
Mas de presente incerto,
Por vezes... reticente?
Sei lá
O amor é como um ciclo
E, como no começo, eu volto a dizer:
Sinto medo de te perder...
Não escrevo versos
Não conjugo verbos
Não escondo certos
Evidentes amores...
Será que esse poema
Terá como os que vieram antes
Como resposta
Somente um silêncio sufocante?
Desculpa a dose, amada
É que a poesia é mesmo exagerada...