sob os olhos dos Olímpicos
Sob os olhos dos deuses depravados do Olimpo,
Há tanta vida e amor,
Que faz-nos sonhar com o infinito.
O encontro casual de dois amantes,
Numa sinergia sem igual,
Torna mágico, um momento banal.
As tantas facetas do amor,
Formam um mosaico multicolor,
E inundam a vida de graça.
Os relances sentimentais fortuitos da vida,
Podem serem até insignificantes,
Mas fazem pulsar a alma afligida.
O marasmo vil da existência,
Não cede à nobre clemência,
Ele castiga fortemente.
As partes que compõe o todo,
Nem sempre encaixam-se com excelência,
Há de adaptar-se com o que se dispõe.
No mundo das imperfeições,
Soa estranho e obtuso,
Cogitar buscar a mítica perfeição.
No império supremo do sonho,
A beleza habita e é deificada,
Tem morada garantida.
Entretanto!
A fatal realidade,
Destoa do imaginário, tem outra identidade.
O ideário humano passado,
Habitado por quimeras e deuses,
Dava vida à paixões transluzentes.
A ingenuidade quase infantil,
Revela os traços primatas humanos,
Trás à tona a pureza da humanidade senil.
Longos traços sentimentais,
De loucura, de brandura de amor,
Os Olímpicos certamente invejam-nos.