sob os olhos dos Olímpicos

Sob os olhos dos deuses depravados do Olimpo,

Há tanta vida e amor,

Que faz-nos sonhar com o infinito.

O encontro casual de dois amantes,

Numa sinergia sem igual,

Torna mágico, um momento banal.

As tantas facetas do amor,

Formam um mosaico multicolor,

E inundam a vida de graça.

Os relances sentimentais fortuitos da vida,

Podem serem até insignificantes,

Mas fazem pulsar a alma afligida.

O marasmo vil da existência,

Não cede à nobre clemência,

Ele castiga fortemente.

As partes que compõe o todo,

Nem sempre encaixam-se com excelência,

Há de adaptar-se com o que se dispõe.

No mundo das imperfeições,

Soa estranho e obtuso,

Cogitar buscar a mítica perfeição.

No império supremo do sonho,

A beleza habita e é deificada,

Tem morada garantida.

Entretanto!

A fatal realidade,

Destoa do imaginário, tem outra identidade.

O ideário humano passado,

Habitado por quimeras e deuses,

Dava vida à paixões transluzentes.

A ingenuidade quase infantil,

Revela os traços primatas humanos,

Trás à tona a pureza da humanidade senil.

Longos traços sentimentais,

De loucura, de brandura de amor,

Os Olímpicos certamente invejam-nos.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 09/04/2022
Código do texto: T7491739
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