DE REPENTE

De repente,

Sinto raiva de mim

Se beijo outra boca,

Se abraço outro corpo,

Se sou desejado,

Se sou amado,

Só quero você.

De repente

A minha vida é sem graça

Tão devagar , não passa.

E nesse vagar

Deixo pegadas em ruas vazias

Onde me perco no caminho

Sem você.

E numa esquina qualquer

Fico esperando você,

Tenho essa pressa de encontrar-te,

Então...

De repente

Você aparece

Hálito de hortelã,

Corpo ardente,

Presença marcante.

E minha vida enfim,

Se enche de graça,

Pois encontrando você

Eu me acho,

Me compreendo.

E só continuo vivendo

Porque tenho você.

Eduardo Castanheira
Enviado por Eduardo Castanheira em 09/04/2022
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