DE REPENTE
De repente,
Sinto raiva de mim
Se beijo outra boca,
Se abraço outro corpo,
Se sou desejado,
Se sou amado,
Só quero você.
De repente
A minha vida é sem graça
Tão devagar , não passa.
E nesse vagar
Deixo pegadas em ruas vazias
Onde me perco no caminho
Sem você.
E numa esquina qualquer
Fico esperando você,
Tenho essa pressa de encontrar-te,
Então...
De repente
Você aparece
Hálito de hortelã,
Corpo ardente,
Presença marcante.
E minha vida enfim,
Se enche de graça,
Pois encontrando você
Eu me acho,
Me compreendo.
E só continuo vivendo
Porque tenho você.