Soneto de partícula de amor
Sou fagulha oriunda das entranhas da terra...
Lava incandescente, em erupção magmática
Ou a montanha expelida a esfriar sistemática
Sobre a qual toda a fauna e a flora se encerra.
Sou a poeira que o vento espalha pela serra...
Enquanto vai esculpindo montanhas tão belas
Sou o areal das falésias em nuances singelas
Com o qual o tempo faz sua arte e não erra...
Sou uma pepita de ouro na rocha encrustada
Vezes sou apenas a sílica diáfana petrificada
Vezes sou pó da argila que a soberba enterra.
Sou uma rocha inteira, as vezes fragmentada
A areia do cristal que revela a união almejada
Uma partícula de amor no mundo em guerra.
Adriribeiro/@adri.poesias