UMA MIRAGEM SELVAGEM, SUAVE DE FLOR
Triste, tua calma maltrata
E me dilacera
Eu grito de raiva
Tua sombra me espera
Apenas me olha
Vazando meu corpo
Com lâmina exata
Rasga-me, me arranca
A dor
Risos, teu braço abraça
Desfaz-se a fumaça
Que envolve meu crânio
A cor do gerânio
Salta de tua blusa
Tornando-me ausente
Na tua presença
Não tenho mais medos
Só sonhos de amor
Ah, o amor na dor...
Tentar, deixar, perder, ganhar
Ter-te sem possuir-te
Busco aquelas mulheres
Que vêem no amado
Um anjo confuso
Pregando ao mundo
Amor com espinhos
Eu só acredito
Em uma miragem
Selvagem, suave
De flor