NAS ASAS DO AMOR
Como límpidas cascatas,
Oras, dos meus olhos caem
Os meus tristes prantos...
Prantos que se transformam
Num incomensurável rio
Que serenamente desemboca
Na foz de um coração ausente.
E nesse rio, nesse imenso rio
Oriundo das minhas saudades
Extravasadas em lágrimas...
Oras eu navego desnorteado,
Sem rumo certo e sem prumo,
Oras, sobrevoo rios e mares,
Mundos e universos colossais
Nas robustas asas do amor,
De certo, à procura incessante
Ou na minha busca incansável
Por ela, o meu amor perdido...
E eu vou por onde me levarem
As fortes correntezas desse rio
Ou as potentes asas do amor,
Mas eu não sei, de fato não sei
Se um dia eu encontrarei ela,
O meu amor, meu grande amor
Que por erro, por culpa minha,
Perdi, e agora arrependido,
Procuro loucamente sem parar,
Esse amor perdido por aí,
Nesse imenso universo sem fim.
Citação: Lei 9.610/98.
De fevereiro de 1998.