Adeus - TRANSCRIÇÕES IX
Estou sem criatividade. Os dias têm me tirado a paz.
As horas passam e não me trazem acalento.
Os dias são sedentos de prazer. E nada me cativa.
E se é preciso cativar para ter, como disse a raposa ao pequeno príncipe, eu sinto que nunca terei.
Se a conquista dos lírios depender de mim, peço desculpas, mas os jardins continuaram perplexos com relva.
Chora minha alma por ter promessas feitas pelas aves de verão. Foram embora e meu eu não compreende o agir e a essência de cada estação.
Meus olhos lacrimejam a soberba do existir. E, convencidos, brilham por piedade.
Humanamente imperfeito me despeço.
Aqui estive, porque só aqui pude ser eu.
**Livro transcrições**