Das coisas que vejo em nós
Em nós vejo o infinito de nós mesmos,
O viver e o pra ser mistificados no agora,
A existência de uma vontade de estar fora,
De mim, de ti, dos nossos meios.
Vejo tanto de nós mesmos no natural de uma luz azul cetim solar,
Nos vejo no escapamento barulhento desses livros de muitos anos,
Na páginas envelhecidas desse trânsito;
Na loucura de não te acobertar.
Te vejo afinal, na hora do relógio quebrado,
No vento pro mundo insinuado
E agora estou só, tanto sabendo,
Das coisas que vejo em nós.