Adorado Maldito
Julgas que não sei das tuas mentiras
quando teus olhos fitam os meus.
Acendes meu corpo do desejo insano.
Declamas os versos que comprastes
num jornal vagabundo.
Julgas que sou a mais tola do mundo...
Mas confesso!
Gosto quando diz: Eu Te Amo!
E mentes tão bem... Quase acredito.
Mas posso ver no fundo dos seus olhos
a frieza do teu coração de granito.
E em silêncio, ao coração mil vezes grito:
Não te iludas!
Com esse adorado maldito.
(Sirlei L. Passolongo)