Os Cânticos

Os Cânticos

As lágrimas que derramo nos versos de meus cânticos.

As rosas que despetálo em jogo de bem- me- que e mal-me-quer.

As palavras que o vento consome na areia do tempo,

vão calejando um coração enfraquecido.

Novas rosas...

Novas lágrimas...

O vento que açoita minha ilusão, são em vão, ela nem percebe meu querer.

Quando algum olhar escapa de seus olhos em minha direção,

é para falar das rugas.

Mal sabe ela que as rugas como chama, são sulcos do tempo,

da espera.

Valas que as lágrimas usam para regar meus lábios.

O pranto preso e solto num longo suspiro, sufoca a dor do peito

para não mais chorar.

Silencia a noite no acalento de dor.

Silencia...

Paulo Mello

25.09.07

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Paulo Mello
Enviado por Paulo Mello em 22/11/2007
Código do texto: T748297