Os Cânticos
Os Cânticos
As lágrimas que derramo nos versos de meus cânticos.
As rosas que despetálo em jogo de bem- me- que e mal-me-quer.
As palavras que o vento consome na areia do tempo,
vão calejando um coração enfraquecido.
Novas rosas...
Novas lágrimas...
O vento que açoita minha ilusão, são em vão, ela nem percebe meu querer.
Quando algum olhar escapa de seus olhos em minha direção,
é para falar das rugas.
Mal sabe ela que as rugas como chama, são sulcos do tempo,
da espera.
Valas que as lágrimas usam para regar meus lábios.
O pranto preso e solto num longo suspiro, sufoca a dor do peito
para não mais chorar.
Silencia a noite no acalento de dor.
Silencia...
Paulo Mello
25.09.07
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