O sabor do próprio veneno

Ao contemplar os benefícios do prazer

No olhar cativo do coração se apaixona

Não sentirá jamais, o adeus nos sonhos

Nas juras ao amor emudecerá a saudade.

Há acre na bebida doce dada ao coração

Na aquarela clássica da noite se lambuza

O esquema da avenida não terá desordem

O vidente cantador deslembra as melodias.

O silencio até parece recado para a morte

Não pense em acordar com a cara velhaca

A qualquer dilema, o vento trás desilusões

Não há conto cultivado para vinho passado.

Nos lábios sonhos, a garganta é profunda

Não aventure atingir se o rosto se esquiva

A mente nua ousa se consumir de pecados

No gosto da ilusão traga o próprio veneno.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 28/03/2022
Código do texto: T7482883
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