O sabor do próprio veneno
Ao contemplar os benefícios do prazer
No olhar cativo do coração se apaixona
Não sentirá jamais, o adeus nos sonhos
Nas juras ao amor emudecerá a saudade.
Há acre na bebida doce dada ao coração
Na aquarela clássica da noite se lambuza
O esquema da avenida não terá desordem
O vidente cantador deslembra as melodias.
O silencio até parece recado para a morte
Não pense em acordar com a cara velhaca
A qualquer dilema, o vento trás desilusões
Não há conto cultivado para vinho passado.
Nos lábios sonhos, a garganta é profunda
Não aventure atingir se o rosto se esquiva
A mente nua ousa se consumir de pecados
No gosto da ilusão traga o próprio veneno.