Esperança

Se acumulei dor das pedras que tropecei

Vi também esperança em cada passo sofrido

Senti as lágrimas que lavavam o rosto inteiro

Tristeza, pesar e apesar de tudo era alívio

Nas pernas o cansaço de todo o esforço e empenho

Nas ladeiras íngremes, o sufoco quase todos os dias

As dificuldades encontradas nas subidas eram normais

Reforçavam o amor e a fé naquilo que ainda não via

Aquela estrada esperada parecia distante demais

Parecia até que era mais distante do que no início

Mas era só aparência , ela não estava tão longe

Já apontava, quem nos enganava era suplício

Em cada canto entoado nas desarmonias das horas

Era força teimosa, era sonho inquieto e constante

Era a voz do coração que dizia para não parar

Acreditar sempre, confiar em Deus era o bastante

As pedras que deixam os passos lentos e temerosos

Devem ser usadas como cautelas no jeito de parar

É sabedoria para o que se deseja para sempre

É para a vida toda na verdade do que vai encontrar.

Maria Jucilene de Moraes
Enviado por Maria Jucilene de Moraes em 24/03/2022
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