Esperança
Se acumulei dor das pedras que tropecei
Vi também esperança em cada passo sofrido
Senti as lágrimas que lavavam o rosto inteiro
Tristeza, pesar e apesar de tudo era alívio
Nas pernas o cansaço de todo o esforço e empenho
Nas ladeiras íngremes, o sufoco quase todos os dias
As dificuldades encontradas nas subidas eram normais
Reforçavam o amor e a fé naquilo que ainda não via
Aquela estrada esperada parecia distante demais
Parecia até que era mais distante do que no início
Mas era só aparência , ela não estava tão longe
Já apontava, quem nos enganava era suplício
Em cada canto entoado nas desarmonias das horas
Era força teimosa, era sonho inquieto e constante
Era a voz do coração que dizia para não parar
Acreditar sempre, confiar em Deus era o bastante
As pedras que deixam os passos lentos e temerosos
Devem ser usadas como cautelas no jeito de parar
É sabedoria para o que se deseja para sempre
É para a vida toda na verdade do que vai encontrar.