A presença que habita no amor
Outra dia caminhava numa praça
Em toda parte pessoas e seus celulares
Zumbis, sentados, andando, subindo telas infinitas
Corpos no automático e mentes ausentes
Daí, a luz do sol iluminou duas pessoas
Era um casal, presentes, de celular no bolso
Seus olhos viam as flores na praça
Seus risos sorriam juntos
Seus lábios desejavam um ao outro
Suas mãos queriam se tocar
Os passos eram ritmizados e sincronizados
Os bancos da praça os chamavam
Num banco sentaram
Ele passou a mão no cabelo dela
Suas lábios se tocaram
E os celulares em seus bolsos, ausente…
Segui meu caminho, e sorri com a esperança de que nem tudo está perdido…