AMOR BENDITO AMOR
É quando me esqueço
Esqueço-me do mundo
E das dores do mundo
E dos medos do mundo
E dos medos de mim...
... Esqueço-me na tua boca
Boca do inferno
Faze-me pecar
E depois confessar
E pecar novamente.
Quando me lambe o seio
E a pele morena
E a flor pequena
Êxtases e loucuras.
A febre, a dor, o prazer, a cura.
Nesta estrutura tua que se ergue
E me transpassa o âmago
E a alma
E a poesia...
Ah, se soubesses o quanto em ti bendigo o amor.
Que para ti, e por ti, redefini a paixão.
Virias todos os dias.
Ofertar-me-ia os braços
E em ternos e quentes abraços
Varreria dos meus dias o tédio, a melancolia, os cansaços...
Mas não te cobro o que não me podes dar!
Aceito de bom grado o que tens...
... E gozo.
E quando gozo esqueço-me
Esqueço-me do mundo
E das dores do mundo
E dos medos do mundo
E dos medos de mim...
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