Inutilidade divina
Á tantas incógnitas e porquês não revelados,
Á tantos modos de amar, contidos ou desenfreados,
Á tantos arrependimentos de outrora, reprovando erros do passado,
Á uma ânsia de amor quasse áspera, como um sonho inerte um lamento,
Á uma voz infinita na alma que enche o peito e todos os espaços,
Á um mistério que é a razão para viver,
Um frágil segundo de inutilidade divina,
Aquele instante em que o mundo para quando alguém diz eu te amo.