Impressionismo

Estou cansado desses solilóquios!

Inesgotável escutar das minhas divagações.

Infindáveis ações de me torturar, nesses fugazes dias.

Forma angustiante das minhas soluções, desconfiado.

Abandono-me, nesta estrada, golpeado, sem pressa.

Congelado pelo frio, atraído por tua presença,

confortado com tua beleza pungente, desconfio!

estremecido nas composições desse cenário imprudente.

És profundamente ardente nessa alvura luminosa.

Materializas meus sonhos fascinantes, sem indulgência.

Assim, só assim, tuas feições me arrebatam, nessa noite plena!

Provocando-me convulsões de sentimentos extremos e imprudência.

Sou só frustração entre palavras contidas, gestos contidos,

permanente refugar, feito criança, imaturo,

muito aquém da tua realidade, sem ser humilhado,

constante esperança desvanecida, desamparada, neste enlace.

Soturnamente invadido nessas noites, desconfiado,

vagando desolado nessas frias manhãs, entre recordações.

Despido da esperança natural de quem ama,

desamparado nessa submissão, em águas turvas.

Não me recrimino nessa tristeza solitária.

Construo pontes na reconciliação com teus olhos,

secretamente vivencio tua ausência, reverente.

Em meus sonhos esperançados, sem alimentos...

JTNery
Enviado por JTNery em 15/03/2022
Reeditado em 24/05/2022
Código do texto: T7472909
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