Maresia

Apoiada na minha nostalgia,

Mãos atrás da cabeça,

Olho para cima.

Eu fecho meus olhos e procuro por nós.

Não encontro nada que não me surpreenda,

Tudo é um novo começo,

Tudo cheira diferente, até a chuva.

No fundo, não é nada mais que gosto de mar.

A maresia que me invade

Sim o mar chove em mim.

Observo a perfeição de um final de tarde

Às margens salgadas do Itiberê,

Isso nunca mudará.

Você pode imaginar

O quanto isto faz sentido para mim,

Para minha vida, e para o amor que nos habita?

Eu ainda fico aqui

Observando o vai e vem da vida.

E não pense que o amor é mero acaso,

Nada é por acaso.

Nosso amor vive nas linhas da minha poesia,

Nas marolas, na maresia

E também nas noites quentes,

Quando como uma brisa,

Você chega e me visita.

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 04/03/2022
Reeditado em 05/03/2022
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